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O vendedor José Maurício da Silva Almeida, de 30 anos, que afirma ter ficado preso injustamente por conta de uma acusação de homicídio, terá sua primeira audiência de instrução, na tarde desta terça-feira (7), no Fórum de Niterói. Desde o dia 27 de outubro, o rapaz está em liberdade, após o desembargador Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), conceder habeas corpus.
A sessão irá acontecer na Sala de Audiências da 3ª Vara Criminal de Niterói, onde corre o processo. A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, titular da Vara, irá ouvir testemunhas de acusação e de defesa. Além de Maurício, outro homem, acusado pelo mesmo crime, também irá participar da audiência. Em conversa com a reportagem de A TRIBUNA, o vendedor afirmou estar confiante de que será absolvido da acusação.
"Amanhã será um dia muito tenso, mas minhas expectativas são as melhoras. Tenho fé em Deus que vai dar tudo certo. Já deu tudo certo. Só tenho a agradecer pelo apoio que tenho recebido", disse Maurício. A mãe dele, Edimar Pereira da Silva, de 59 anos, também falou à reportagem sobre a expectativa para a audiência. Ela fez questão de frisar que o filho é inocente, algo que vem fazendo desde a prisão dele.
"Estou na esperança e também pedindo a Deus. Tenho fé que vai dar tudo certo. Já deu tudo certo. Estou aqui com o coração na mão, agoniada, mas Deus está no controle de tudo, em nome de Jesus. Meu filho é inocente", afirmou a mãe. Do dia 4 a 27 de outubro, Maurício ficou preso na Penitenciária Ary Franco, em Água Santa, no Rio de Janeiro. Ele se entregou após descobrir que tinha um mandado de prisão em aberto contra ele.
Recordando
Segundo familiares, o jovem foi preso ao ser confundido com um dos líderes do tráfico da Comunidade do Buraco do Boi, que fica em Santana, Região Norte de Niterói. A família dele afirma que todos moraram a vida inteira na comunidade e o rapaz jamais teve envolvimento com o crime organizado. Ele é acusado de ter cometido homicídio contra um jovem, em agosto deste ano.
A decisão que determinou a expedição de alvará de soltura e substituiu a prisão pelo compromisso de comparecimento em juízo até o dia 10 de cada mês, assim como sempre que intimado. José Maurício também fica proibido de mudar de endereço ou de se afastar da comarca onde reside por mais de oito dias sem expressa autorização judicial.