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Naiara Ramalho conquistou o primeiro lugar no lançamento de dardo na classe F46
Considerada uma das promessas para as Paralimpíadas de Paris, na França, de 2024, a atleta Naiara Ramalho começou da melhor forma possível o ciclo para os próximos jogos. Isso porque a competidora de Maricá conquistou a medalha de ouro no lançamento de dardo da classe F46 das Paralimpíadas Universitárias, que acontecem até domingo (19) no Centro de Treinamento Paralímpico, localizado na cidade de São Paulo.
Representando a Univeritas, a maricaense conquistou a melhor marca da vida ao lançar o dardo em 16 metros e 36 centímetros, superando em quase um metro o que conseguia fazer nos treinamentos. Feliz com o resultado, Naiara apontou que foi fundamental a preparação específica que fez para conseguir a medalha de ouro.
"Estou muito feliz, principalmente por ter superado minha marca em quase um metro. Procurei ter muita concentração antes do lançamento e prestar atenção à dica do meu técnico, Claudemir Santos, durante a prova. Também foi de suma importância perder quase 14 quilos, pois isso fez muita diferença, tanto que fiz uma preparação especifica na academia e no próprio dardo no CEFAN", conta a maricaense, que pesava 109 quilos e no momento se encontra com 95.
Medalha veio no sacrifício
Mas quem pensa que a única preparação passou pela perda de peso, se engana. Ela revela que quase não disputou a prova por causa de uma inflamação no ombro. Treinando, em média, de 4 a 5 horas diárias, a atleta começou a sentir dores faltando poucas semanas para a prova. Por isso, além dos treinamentos, precisou fazer uma série de consultas com o ortopedista. Mesmo correndo o risco da situação piorar, o médico a liberou para participar da competição.
"Sendo muito sincera, não esperava esse resultado. Estou com o ombro inflamado e me tratando com o ortopedista, que me liberou pra competição. Para participar dessa prova foi um mês de treinos intensos específicos. Além disso, procurei manter o equilíbrio e a concentração pra lançar o dardo, pois não conseguia passar dos 14 metros. Então imagina as dores que eu tive que suportar. Só de estar aqui é uma vitória, mas conseguir o ouro e logo com a melhor marca da minha vida é uma prova de que valeu a pena passar por esse sacrifício", emociona-se Naiara.
Integrante do Parapolim, o Projeto Paralímpico, que é uma parceria entre as Loterias Caixa com a Marinha do Brasil, ela treina diariamente no Centro de Educação Física Adalberto Nunes, localizado na Avenida Brasil, na altura da Penha. Mesmo com o cansaço entre o trajeto de Maricá até o bairro carioca, a maricaense treina diariamente e ainda concilia a carreira de atleta com os estudos na universidade. Mas pensando nas Paralimpíadas Universitárias, Naiara optou por passar os dias que antecediam à competição no local. Isso, na opinião dela, foi fundamental para que ela conseguisse ter um bom desempenho.
"Ficar no CEFAN às vésperas das paralimpíadas universitárias foi a melhor coisa que eu fiz, pois isso facilitou o meu processo de perda de peso e melhorou em 50% a qualidade do meu treino", explica.