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Assassinato de Renato Freixo está próximo da elucidação
Assassinato de Renato Freixo está próximo da elucidação
Foto do autor A Tribuna A Tribuna
Por: A Tribuna Data da Publicação: 12 de agosto de 2020FacebookTwitterInstagram

Investigadores da 10ª Delegacia Extraordinária de Acervo Cartorário (Deac), na Gamboa (Centro- Rio) acreditam ter desvendado os autores do crime do então assessor da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói, Renato Freixo, e devem anunciar nos próximos dias a conclusão do caso.

Há 14 anos em Piratininga, Niterói, o irmão do atual deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), foi assassinado com cinco tiros enquanto descia do carro e abria o portão da garagem de casa junto da esposa na madrugada do dia 25 de julho de 2016 no condomínio em que havia acabado de ser reeleito síndico. Valéria Motta Ramos chegou a ser atingida por disparos no ombro e no peito, porém sobreviveu. O casal voltava da celebração de uma festa.

Renato Freixo na época havia acabado de trocar os seguranças do condomínio há pouco tempo retirando da função policiais militares que faziam informalmente a segurança do lugar e contratado uma empresa especializada em segurança para cuidar do local. De acordo com testemunhas, os assassinos teriam sido quatro homens armados e, como não levaram nenhum pertence da família, a hipótese de vingança foi cogitada.    

"Vou ficar calado. Quero apenas ouvir a resposta da polícia. Só posso falar que meu irmão era um homem pacato, honesto e digno", declarou na ocasião Marcelo Freixo.

Marcelo Freixo era pesquisador da Organização Não Governamental (ONG) Justiça Global e acompanhava o caso em visitas à delegacia responsável pelas investigações. Dois anos após o fato foi eleito deputado estadual e presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O inquérito resultou no indiciamento de 225 policiais, civis, políticos, agentes penitenciários e bombeiros.

Fotógrafo foi agredido durante enterro

O ex-fotógrafo de A Tribuna Bruno de Lima sofreu uma agressão pelo então candidato à Prefeitura do Rio Marcelo Freixo (Psol) durante o enterro do irmão do candidato, Renato Freixo. Bruno relatou que estava no cemitério fazendo fotos sobre o enterro para o jornal e que fotografava “de longe, para não ser invasivo ou desrespeitoso” com a família. Freixo admitiu a agressão, mas afirmou que o pedido para que o fotógrafo não entrasse na capela não foi respeitado.

Em seu relato na internet, o fotógrafo lembrou que, assim que pegou a sua câmera fotográfica, Freixo deixou o caixão e correu até ele. “Não deu tempo de processar o que estava acontecendo. Só deu tempo de me abaixar, tentando proteger o meu equipamento e receber socos e chutes. Pareceu que ele estava querendo descontar tudo em mim”, contou o fotógrafo.

Posteriormente, em entrevista à TV, Freixo lembrou o caso. “Sem dúvida alguma foi um erro, mas é um erro da reação. Eu perdi um irmão brutalmente. Eu tive uma conversa grande e todos sabiam de um pedido da minha mãe. E pedimos para nenhum tirar fotos. Esse profissional entrou na capela e fotografou. Não é verdade que ele chegou depois”, disse.

O fotógrafo rebateu na época as declarações de Freixo. “Isso é mentira. Cheguei atrasado e corri por fora do cemitério, pela rua, até a entrada principal. Quem trabalha em Niterói sabe que esse cemitério tem duas entradas. Por dentro da capela ou por fora. Corri por fora, em um corredor paralelo. Após o fato ocorrido, fiquei sabendo pelos colegas que chegaram antes que houve esse pedido dos familiares. Infelizmente não fiquei sabendo disso”, argumentou.

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