Assinante
Entrar
Cadastre-se
O corpo de Dom Phillips foi levado à sala de crematório com 55 minutos de atraso, marcado inicialmente para o meio-dia do domingo (26), no Cemitério Parque da Colina, no bairro de Pendotiba, em Niterói.
Ao som de Preta Pretinha, canção dos Novos Baianos, gritos de "Dom, Dom, Dom" e uma salva de palmas, foi encerrada na capela 4 a cerimônia do velório de Dom Phillips.
Em seguida, apenas amigos e familiares puderam seguir em cortejo para a sala do crematório localizado na parte de cima do Cemitério.
A TRIBUNA conversou com o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), com exclusividade sobre a importância de Dom Phillips, ferrenho defensor da área verde no Brasil, no combate da ilegalidade no Amazonas.
"Eu acho que ele tem que ser lembrado sempre e é uma perda enorme com o trabalho investigativo que ele realizou na Amazônia. Eu sei o que estou falando, pois como engenheiro florestal que sou, trabalhei naquela imensidão verde e sei da importância do trabalho do Dom. Niterói tem uma tradição ambientalista , relação boa e amigável com a Amazônia. Dom é vítima, como foram Chico Mendes, Dorothy Stang e Bruno Pereira, por denunciar a criminalidade na Amazônia. O legado do Dom não é só para nós, de Niterói, mas para o mundo. Pessoas como este brilhante jornalista, que teve a coragem de enfrentar isso, merece ser sempre lembrado", contou lembrando que a cidade de Niterói 'adotou' o ex-colaborador do jornal britânico The Guardian com filho ilustre da cidade.
Já Alessandra Sampaio, viúva de Dom, que fez um pronunciamento às 10h30min, foi amparada por amigos, seguiu a caminhada fúnebre até a sala do crematório e pediu para não mais falar com a imprensa.