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A insegurança pública que há décadas domina o Estado do Rio de Janeiro criou o ambiente perfeito para a expansão das atividades criminosas em modalidades cada vez mais audaciosas. Quando imaginamos já ter atingido o topo do que pode ser feito por quem sobrevive do crime contra a sociedade, eis que algo inusitado surge para revelar que não devemos, em nenhum momento, pensar que nada de pior possa acontecer.
Isso se aplica à nova prática criminosa, estabelecida em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e na cidade do Rio de Janeiro. Um total de 26 antenas de telefonia celular, atualmente, estão sob o domínio de bandidos. O que, vale dizer, sequestradas, vez que os criminosos estão pedindo "pagamento de resgate" às operadoras de telefonia.
O sequestro das antenas está afetando os serviços de telefonia e internet móvel e fixa, prejudicando um total de 126 mil usuários nestes quatro municípios do RJ. Em tempos de pandemia, em que o trabalho home-office, com reuniões por videoconferência, assim como de educação remota, mediante o uso de aplicativos de uso online para interação entre professores e alunos, o prejuízo acaba sendo ainda maior.
As redes de telecomunicações que operam as torres informam aos seus usuários que, "devido a questões de segurança pública, o serviço está prejudicado nas regiões afetadas. E, além de prejudicar quem mora ou trabalha na área de cobertura das antenas sequestradas, quem passa no perímetro atendido por elas também sofre, pois não há sinal.
Tais regiões, são controladas por bandidos, que estrategicamente, escolhem as antenas a serem "sequestradas". Elas ficam em áreas onde há barricadas em seu entorno, além de forte controle armado do acesso de pessoas. As empresas não aventuram enviar técnicos ao local, para não coloca-los em situação de risco.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro vai pedir à Polícia Civil a instauração de inquérito.