Aline Balbino
Faça chuva ou sol, os camelôs de Itaboraí estão sempre nas ruas vendendo seus produtos e serviços. Há dois anos que os ambulantes locais esperam a finalização da obra do Centro de Comércio Popular de Itaboraí (CCPI), na Avenida 22 de Maio, no Centro. Nos últimos dias, os trabalhadores têm enfrentado sol quente e muito calor em busca de seu ganha-pão, enquanto o camelódromo continua ritmo para lá de lento. Muitos trabalham em frente ao prédio onde serão abrigados num futuro ainda incerto. Eles lamentam que as obras andem tão lentamente e pedem celeridade.
Luiz Cláudio Sabino conserta relógios. Ele trabalha em frente ao futuro centro comercial e espera ansiosamente pelo dia em que poderá trabalhar num lugar mais seguro. Ele explicou que a área fechada cria uma sensação de segurança maior nos consumidores.
As pessoas vão olhar para a minha lojinha e vão se sentir mais seguras em deixar seus relógios lá porque sabem que no dia seguinte vão conseguir me encontrar. Como trabalho consertando relógio, existe muita desconfiança. Sem contar que está insuportável trabalhar aqui fora. É quente demais em Itaboraí, muita poeira. Precisamos de um lugar decente para trabalhar, disse.
A fachada do camelódromo na principal rua de Itaboraí demonstra que embora pareçam avançadas, as obras estão paralisadas. Quem passa pelo local percebe que falta pouco para a inauguração. A estrutura básica já está de pé, restando apenas os acabamentos. A obra custou R$ 2.945.489,28. O empreendimento contemplará 138 boxes, divididos em três andares. A Prefeitura de Itaboraí foi procurada, mas não se pronunciou até o fechamento. A Associação de Camelôs de Itaboraí preferiu não comentar o assunto.