Pedro Conforte -
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, anunciou ontem pelas redes sociais que as obras de alargamento da Avenida Marquês do Paraná, no Centro, começarão na próxima semana, mas ontem, já havia funcionários no local, tirando medidas e analisando o projeto. Ele prevê a reurbanização e ampliação da via, com implantação de uma faixa exclusiva para ônibus em cada sentido da avenida, e uma ciclovia bidirecional ligando as ciclofaixas e ciclovias das avenidas Roberto Silveira (Icaraí) e Ernani do Amaral Peixoto (Centro). Durante o lançamento do edital, em junho, Rodrigo esclareceu que a estimativa de duração das obras é de sete meses, o que leva a crer que as intervenções devem ir até março de 2020.
Na próxima semana iniciamos a última etapa ampliação da Marquês do Paraná. Integrar ciclovias, ampliar faixas para o Centro melhorando mobilidade até Roberto Silveira, criar ponto sobre o Mergulhão Ângela Fernandes, dentre outros. Com criação de mais uma faixa em frente ao Huap, transferência do ponto dos ônibus que entram na Amaral Peixoto para cima do mergulhão e integração ciclovias, tiramos mais um projeto do papel para a mobilidade, explicou o prefeito em uma publicação feita na manhã de ontem.
Após a conclusão das obras, a expectativa é de uma redução de 20 minutos no tempo de deslocamento de Icaraí até o Centro e vice-versa nos horários de rush. Um imbróglio judicial atrasou o início da obra, que prosseguiu após decisão favorável à prefeitura, com a desapropriação e demolição de mais de 50 imóveis no trecho entre as ruas Doutor Celestino e Miguel de Frias, necessárias para o alargamento da via.
A obra será a primeira realizada com recursos obtidos através do modelo de outorga onerosa, que financiará ações do processo de requalificação do centro. Serão utilizados R$ 11,8 milhões, dos R$ 14 milhões já pagos por investidores que tiveram seus projetos aprovados para a região central da cidade.
A obra também vai interligar as faixas exclusivas para ciclistas das avenidas Roberto Silveira e Amaral Peixoto, duas importantes ciclovias da cidade. Eu faço esse trajeto todos os dias, se realmente esta obra sair do papel vai ser muito importante para os ciclistas, principalmente para a nossa segurança. Porque hoje temos que andar na rua e sempre tem um motorista que não se preocupa com as bicicletas, contou Augusto Costa, de 31 anos.