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Denominada Operação E$quema S, a nova fase da Operação Lava Jato está sendo realizada hoje, visando desarticular um esquema de fraudes que desviou pelo menos R$ 150 milhões do Sesc, Senac, e Fecomércio. A investigação é baseada na delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio.
Os advogados Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, Cristiano Zanin (de Lula), e Ana Tereza Basílio (de Wilson Witzel) são alvos da operação. Bolsonaro, Lula e Witzel não são investigados. Pelo menos 50 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Rio e em São Paulo. Não há mandados de prisão, e o Ministério Público Federal não informou todos os alvos. O órgão também denunciou 26 pessoas no esquema.
A Lava Jato encontrou indícios de envolvimento de Sérgio Cabral e a mulher, Adriana Ancelmo; Marcelo Almeida; Roberto Teixeira; Fernando Hargreaves; Vladimir Spíndola; e José Roberto Sampaio no esquema de fraudes. De acordo com a investigação, as entidades do Sistema S teriam destinado metade do seu orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia. Segundo a força-tarefa a Fecomércio gastou R$ 355 milhões com advocacia, "por serviços supostamente prestados", dos quais "ao menos R$ 151 milhões foram desviados".
Um dos crimes investigados na época era a contratação de funcionários fantasmas pelo Sesc e o Senac (ligados à Fecomércio). Por exemplo, uma chef de cozinha para o Palácio Guanabara e uma governanta do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Elas recebiam salários pelas entidades. Diniz ficou quatro meses preso. Em junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao ex-empresário.
Há dois anos, em 2018, Diniz já havia sido preso, num desdobramento da Lava Jato no Rio. No mesmo ano, porém, o ex-executivo foi solto por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Diniz ficou quatro meses preso. Em junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao ex-empresário
Por volta das 6 horas, os policiais chegaram em um endereço, na Rua Urbano Santos, no bairro da Urca, e na Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon, na Zona Sul do Rio. Logo em seguida, os agentes também estiveram na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, no condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.