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Adeus, verão 2022!
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Por: Not found author Data da Publicação: 18 de março de 2022FacebookTwitterInstagram
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Foto: Praia de Itaipu

Luiz Antonio Mello

O verão deste 2022, que está fazendo as malas para ir embora neste domingo, 20, não foi igual aquele que passou. Quente, seco, temperaturas empenando termômetros de rua, a estação do braseiro, do maçarico, que alguém disse um dia que é o maior charme, foi de sucessivos recordes em Niterói.

Centenas de milhares de pessoas se entulharam em carros, ou sauna móveis, a caminho das praias da Região Oceânica, enfrentando congestionamentos, flanelinhas cobrando mais de 50 reais por uma vaga e na areia...na areia, literalmente, cada palmo era disputado quase a tapas. Correção: quase, não. Houve grossa pancadaria em Itacoatiara e Piratininga.

Espírito de porco

Se em 2021 o verão estava sob o flagelo da pandemia de Covid 19, que sitiou a população em casa, 2022 liberou a demanda reprimida. Foi um verdadeiro delírio coletivo, sem chuva, mas com muito suor e cerveja.

Se a alegria esfuziante foi uma marca, os pontos negativos foram representados pela incivilidade, falta de educação, cavalice explícita. Mania nacional, levar equipamentos de som gigantescos, tocando música ensandecida em volume desumano para as praias irritou muita gente e, claro, gerou muito bate boca e tapa na cara.

Itaipu, infelizmente, foi a campeã de irregularidades. Para se ter uma ideia até o fim de tarde da última quinta-feira (17) o equipamento de som bizarro de um bar na praia situado do lado esquerdo tocando música eletrônica em volume lancinante estragava a calma das pessoas que queriam curtir o pôr do sol ao som das ondas do mar. Um casal chegou a pedir ao DJ do bar para abaixar o volume, mas ele disse que a Lei do Silêncio começa as 10 da noite e ponto final. O casal chegou a procurar um guarda municipal, mas não encontrou nenhum.

Por causa do mar manso, Itaipu é a preferida do público. O bancário Claudio Abrantes Lima, 32 anos, é de Juiz de Fora, não sabe nadar e disse que está passando as férias no Rio. Depois de quase se afogar no Leme (foi retirado do mar pelos Bombeiros), ele e a mulher foram para Itaipu por sugestão de amigos. “É uma praia linda, o mar é manso, comi um bom peixe. Infelizmente a poluição sonora e os “rasantes” de jet sky quase estragam essa beleza”. O mineiro também estranhou a quantidade de cachorros “meio abandonados” perambulando, fazendo xixi e cocô na areia.

Em Itacoatiara o verão deste ano foi mais perigoso porque o mar esteve “grosso” na maioria do tempo. “Pus o pé na água e quase fui levada por uma onda que me derrubou”, disse Suelen Lopes, professora, 31 anos, moradora de Santa Rosa. Já Wladimir Gomes, estudante de 22 anos, está escaldado. “Eu venho a Itacoatiara só para olhar porque já me afoguei e fui salvo por um surfista quando as sucessivas ondas me jogavam contra o Costão. Fiquei com o corpo em carne vida por causa dos mariscos e achei que ia morrer afogado. Foram três dias de hospital.”

Este verão emplacou de vez a bicicleta elétrica na vida de muitos niteroienses. “Meu carro quase não saiu da garagem”, contou a economista Rúbia Suzano, 34 anos, que mora no Ingá. Com a bicicleta elétrica posso usar roupas mais elegantes para as reuniões porque não há suor e o vento na cara é ótimo. Pena que a ciclovia a rua Presidente Pedreira está com a faixa amarela quase apagada, mas vou entrar no Colabore da prefeitura para reclamar”.

Já Franklin Rosadas, 57 anos, mora em Charitas e é veterinário. Há dois anos usa bicicleta elétrica e acha “uma delícia quando passo pelos carros engarrafados, todo mundo estressado, buzinando e a minha bicicletinha, silenciosa, segue o nosso caminho. Pena que a autonomia é baixa, ela só anda 25 quilômetros e á preciso por a bateria na carga. Mas vou comprar uma segunda bateria para aumentar a distância”.

O shortinho jeans “esfarrapado” foi consagrado pelo público feminino neste verão. A moda já vinha de longe, mas os designers resolveram ousar tornando a peça mais cavada na parte de trás. Rogéria Carneiro Simas, musicista, diz que não abre mão. “Além de confortável e fresco, o short jeans é prático e faz com que eu me sinta mais atraente. Faltava o ‘short cavadão’ que acho sensacional. Tenho quatro.

Ainda nas brumas do universo feminino, emplacou definitivamente o vestido longo, estampado, tecido fino. “Adoro porque é fresco, bonito, leve. As vezes nem uso lingerie porque o vestido esconde tudo, ninguém percebe”, aplaude a médica Consuelo Lackman. “Está na hora de vivermos em paz e com muito conforto. Chega de suplício, finaliza a médica.

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