Augusto Aguiar -
O Ministério Público Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi atendido no pedido de prisão preventiva de João Paulo Firmino, suspeito de ser o executor de cinco jovens, no dia 25 de março, no Condomínio Carlos Marighella, do programa federal Minha Casa, Minha Vida, em Itaipuaçu, Maricá. A decisão foi proferida pela Vara Criminal de Maricá, na quarta-feira, um dia após o MPRJ oferecer denúncia contra Firmino, que está preso desde o dia 9 de abril, numa operação conjunta do MP com a Polícia Civil.
A existência do crime está cabalmente demonstrada pelos fartos elementos probatórios constantes no procedimento apuratório, havendo fortes indícios de que o denunciado tenha sido o autor dos crimes hediondos registrados nesses autos, diz a decisão que recebeu a denúncia e converteu a Prisão Temporária em Preventiva.
De acordo com a denúncia, os homicídios de Matheus Barauna dos Santos; Patrick da Silva Diniz; Mateus Bitencourt da Silva; Sávio de Oliveira Vitipó e Marcus Jonathan Silva de Souza foram praticados em típica atividade de extermínio, por João Paulo Firmino. As vítimas, todas jovens, com idade entre 14 e 20 anos, foram abordadas no interior do condomínio onde residiam, quando o executor determinou que todos deitassem de bruços ou ficassem de joelhos, agrupados. Em seguida, relata a denúncia, que Firmino efetuou disparos de arma de fogo na cabeça das vítimas.
A periculosidade do denunciado é inominável e flagrante, haja vista a frieza do autor deste hediondo delito, observa o pedido de prisão, acrescentando que, após o crime, Firmino gritou para os moradores entrarem em suas residências, pois a milícia havia chegado para acabar com a bagunça.
Para o Gaeco/MPRJ, o crime foi praticado para disseminar o terror por parte do denunciado e do grupo criminoso. O intuito seria impor os serviços ilegais explorados pelo grupo no condomínio Minha Casa Minha Vida. Por essas condutas, Firmino foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, cuja pena é de 12 a 30 anos de prisão.