Raquel Morais -
Apesar de as pequisas apontarem um cenário positivo para o comércio para compras para o Dia dos Pais, os comerciantes de Niterói não mostraram o mesmo entusiasmo. Dados do Serasa Experian revelam que em todo o país as vendas aumentaram 2,5% em relação a 2016. Já em Niterói o crescimento foi ainda maior, de 2,9%, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL-Niterói).
Porém, o positivismo dos dados não reflete a opinião dos comerciantes da cidade, que afirmaram um movimento muito pequeno para as vendas específicas dessa data. O gerente de uma loja no Centro, Gledson Rafael, disse que as vendas não chegaram a 30% do que era esperado. Ainda há peças no estoque e as promoções vão continuar. Precisamos atrair público e vamos manter os preços. Essa semana será um dia de movimento de troca, mas sempre temos a esperança de novas compras, comentou.
A vendedora de outra loja no Centro, Ana Chiarelli, ratificou o fraco movimento para o início do mês. Vendemos pequenos presentes como capas de celulares e cabos de conexões. Mas foi muito abaixo do que a gente esperava e isso mostra um cenário bem triste para o comércio, pontuou. Porém o vice-presidente da CDL-Niterói, Luis Vieira, disse que o aumento de 2,9% superou as expectativas, que giravam em torno de 2,5%. Isso já pode ser um índice de equilíbrio para o comércio. A diferença é muito pequena em relação ao ano passado. Não recupera as perdas dos últimos anos, mas já é um sinal que o comércio começa aquecer, explicou. Ainda segundo Vieira, a próxima data a movimentar o mercado é o Dia das Crianças, onde se espera um resultado melhor.
Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso houve um redirecionamento para os presentes mais baratos e geralmente pagos à vista, explicou Honório Pinheiro, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
O niteroiense Marcelo Viana, de 35 anos, não ganhou presente este ano, mas garante ter sido agraciado com a melhor das lembranças. Meu filho de quatro anos disse que tinha um "cheirinho" para me dar. Isso não tem preço que pague, lembrou o empresário.