Idealizado e realizado pela Cia. Teatral Crias da Casa, Três Marias é um espetáculo lúdico e poético ancorado numa proposta cênica e estética de uma trupe mambembe contadora de histórias. A peça está acabando sua temporada em Niterói, com últimas apresentações em 14, 14, 21 e 22 de julho, sempre às 16h no teatro da UFF, em Icaraí. Com texto de Gabriel Naegele, direção de Maria Vidal em parceria com Naegale, que também integra o elenco ao lado de Aline Peixoto, Denise Peixoto, Leo Thurler e Jordi Marchon, Três Marias utiliza a linguagem da farsa e do musical para retratar a saga de uma trupe de contadores de histórias e tratar de temas como amor, aventura e morte, entre outros.
O espetáculo fez uma bem sucedida trajetória, desde que começou a partir de uma pesquisa desenvolvida pela Crias da Casa em 2008. Apresentado pela primeira vez em 2012, a peça teve grande receptividade do público e da crítica, tendo sido recordista de indicações no Prêmio Zilka Sallaberry, naquele mesmo ano, concorrendo em nove das 10 categorias existentes. Destas, recebeu os prêmios de Melhor Espetáculo e Melhor Figurino. A partir de então, Três Marias ganhou diversos prêmios e se apresentou em mais de 15 cidades do Brasil, já tendo passado pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Amazonas, Santa Catarina e Paraná.
Os atores se desdobram em vários personagens, para contar o grande amor entre um anjo da guarda e a doce Janaína. A narrativa de Três Marias se desenvolve em uma praça de um lugar indeterminado. Nessa praça, Antonio Maria, Zé Maria e Maria Aparecida se conhecem e descobrem afinidades. Decidem, juntos, correr o mundo como uma trupe mambembe, contando e vivenciando várias tramas. Passam a ser, então, Três Marias - três destinos, três amigos, três vidas atreladas por um chamado em comum: contar e viver histórias pelo mundo. Assim, desdobrando-se em vários personagens e tipos, os menestréis contam para o público a história de um grande amor entre um anjo da guarda, Gabriel, e sua tutelada, a jovem e doce Janaína. Um amor inicialmente impossível, mas que acaba por se realizar.
O cenário, assinado também por Gabriel Naegele, não usa coxias para as trocas de adereços e de personagens, tudo acontece diante do público, desde a preparação para a entrada e a saída dos personagens e dos objetos em cena, como a troca de figurinos e a comunicação entre os atores. Há malas e caixas de diversos tamanhos em cena, utilizadas pelos menestréis, além de um baú gigante de madeira que se abre, apresentando um pequeno palco, de onde saem dois atores, seus instrumentos musicais e outros adereços. O figurino idealizado por Leo Thurler é multicolorido e criado a partir de retalhos, pequenas peças de brinquedos, variadas sucatas customizadas, centenas de botões e elementos de diversas origens com seus usos modificados, numa profusão de texturas e cores. A iluminação é assinada por Ricardo Lyra e a direção musical é de Denise e Aline Peixoto (mãe e filha, respectivamente), que compuseram 13 músicas originais para o espetáculo.
A classificação etária é livre, os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada para estudantes, pessoas acima de 60 anos e servidores da UFF). O Teatro da UFF fica na Rua Miguel de Frias, 9 em Icaraí.