Foram revogados nesta quinta-feira (24), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o recolhimento domiciliar e também a prisão preventiva decretada na semana passada contra o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho. Por seis votos a um, a Corte entendeu que não existe justificativa para manter o ex-governador sequer em prisão domiciliar. Apesar de não estar mais preso, Garotinho terá uma série de restrições impostas pela Corte, inclusive pagar uma fiança de R$ 88 mil.
O Tribunal decidiu que além da fiança, o ex-governador não poderá mudar de endereço, nem se ausentar de sua casa por mais de três dias sem avisar a Justiça, além de não poder voltar até a Campos de Goytacazes (até o final do processo), município onde supostamente comanda um esquema de compra de votos, de acordo com investigações. Garotinho também está proibido de entrar em contato com testemunhas do processo.
O ex-governador foi preso pela Polícia Federal em 16 de novembro, sob a suspeita de ampliar o programa social Cheque Cidadão, com intuito de comprar votos para as eleições municipais deste ano. No mesmo dia ele se sentiu mal e teve que ser internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. No dia seguinte, ele foi transferido para o hospital penal do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste da cidade.
No último dia 19, a ministra Luciana Lóssio, do TSE, autorizou a transferência de Garotinho para um hospital particular e concedeu a prisão domiciliar ao ex-governador. Garotinho passou por um cateterismo no Hospital Quinta D"Or no dia 20 e, no dia 22, recebeu alta.