Competitividade, eficiência e transparência foram os principais fatores de sucesso, destacados na apresentação da atualização do projeto do Terminal Portuário de Macaé (Tepor), do grupo EBTE Engenharia, que será instalado no bairro São José do Barreto, em Macaé. O encontro, promovido pela empresa, aconteceu ontem, no gabinete do prefeito Dr. Aluízio, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho.
De acordo com o presidente do grupo EBTE, Fabiano Crespo, com as novas descobertas na Bacia de Campos e no pré-sal, os desafios envolvem recursos humanos e materiais para a exploração dessas riquezas. Ele acrescentou que o Tepor surgiu para atender a demanda de óleo e gás e, ainda, outras operações de apoio logístico.
"O projeto fica próximo ao Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba e, também, à área urbana. Por isso, realizamos um estudo de oito meses para garantir que as ações de construção e operação sejam ambientalmente sustentáveis e economicamente viáveis. Além disso, estamos tratando com entidades para nova licença ambiental que esteja de acordo com as adequações realizadas no projeto. Esta é apenas uma apresentação prévia e, em maio de 2018, estaremos promovendo a audiência pública com todas as partes interessadas", explicou Fabiano, acrescentando que a expectativa é começar a construção no segundo semestre do próximo ano.
O prefeito Dr. Aluízio afirmou que o Tepor é um avanço para todo o município. "O país passa agora por um tripé de eficiência, competitividade e transparência. O porto deixou de ser uma estação portuária. Esse avanço não é somente para a indústria de óleo e gás, mas para toda a cidade. Optamos por privatizar a rodovia transportuária porque o poder público não tem recursos. É um caminho que estamos buscando de forma concreta, por meio de parceria público privada. O momento é de produtividade. Esse projeto é gerencial e passa por várias interfaces. Vamos seguir no melhor caminho e sem riscos jurídicos", disse o prefeito.
No relatório apresentado pela empresa, o Tepor surge como peça chave para o desenvolvimento econômico de Macaé. Suas atividades têm o objetivo de potencializar e otimizar todo investimento feito pela Petrobras nos últimos 35 anos, sobretudo, o Terminal de Cabiúnas localizado próximo ao projeto.
"O Tepor representa um conjunto de investimentos que primam por uma maior eficiência das atividades relacionadas à exploração e produção de petróleo, buscando, assim, uma redução dos custos envolvidos, fator fundamental nessa realidade econômica do mercado de petróleo e gás", frisou o presidente da EBTE.
O consultor da EBTE, José Eduardo Carramenha, destacou que Macaé reafirmou, esta semana, sua importância para a indústria de óleo e gás com a visita do presidente da Petrobras, Pedro Parente. "A companhia mostrou que a região está nos seus planos. O Tepor irá contribuir com os avanços nessa área", ressaltou Carramenha.
O Tepor
O porto foi projetado para operações de produção de petróleo e seus derivados e gás natural, além de servir como base para apoio logístico. O empreendimento contará com dois terminais: para movimentação de petróleo, com dois berços de atracação, em condições totalmente agregadas e profundidade natural de 27 metros, aptos a receber navios, com capacidade para movimentar até dois milhões de barris de petróleo por dia. Os berços serão interligados por oleodutos para o terminal de armazenamento de até 4,5 milhões de barris.
O terminal também poderá ser ligado ao sistema de abastecimento de petróleo da Petrobras, composto pelos tanques de Cabiúnas e pelos oleodutos, interligados às refinarias Reduc (Refinaria Duque de Caxias) e Regap (Refinaria Gabriel Passos). Além disso, o projeto se coloca como opção para abastecimento de petróleo ao Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), uma vez que os oleodutos de abastecimento passam somente a quatro quilômetros da refinaria.