Em todos os meses desse ano pelo menos três policiais militares foram mortos em meio a escalada da violência no estado, que parece não ter fim. O pico dessa assustadora estatística ocorreu logo no início do ano, com 19 PMs assassinados no mês de janeiro. Na noite da última quinta-feira familiares do terceiro policial militar assassinado, no intervalo de apenas uma semana, choraram sua morte. Restando dois meses para o fim do ano, 108 policiais militares morreram, até a tarde de sexta-feira, na trágica rotina da população do Rio.
O sargento da PM, Jorge da Silva Brandão (lotado na UPP-Mangueira), e um empresário, Manoel Alves Gomes, dono de um parque de diversões, foram mortos a tiros durante uma tentativa de assalto, nas proximidades do Shopping Grande Rio, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. A principal linha de investigação para o crime seria a de latrocínio (tentativa de roubo seguido de morte). No local do crime, a polícia encontrou R$ 2,9 mil, que não chegou a ser roubado pelos criminosos.
Do total de mortes de policiais militares no estado, os municípios de São Gonçalo (6 vítimas), Itaboraí (3), Niterói e Maricá (1 cada) respondem por 10% da soma dos homicídios registrados. Outros 57 crimes ocorreram no município do Rio, 24 na Baixada Fluminense e dois na Região dos Lagos, entre outros pontos do estado. No mesmo levantamento, 38 policiais eram sargentos, 33 soldados, 20 cabos, 15 subtenentes e um tenente. Ainda, sobre as vítimas, 67 estavam de folga no momento do crime, 22 estavam de serviço e 19 policiais eram reformados.
Sobre o levantamento das circunstâncias dos crimes, em 45 das ocorrências a motivação teria sido assalto, execução (34), confronto (17), briga (5) e 7 (outros). A faixa etária dos policiais militares mortos vão desde menos de 25 anos até 56 anos ou mais, nesse último caso na maior parte de militares reformados ou aposentados.