Raquel Morais -
O tradicional Museu do Ingá, localizado na Rua Presidente Pedreira, está com os portões fechados desde a última sexta-feira(31). Funcionários do local que não quiseram se identificar informaram que nove terceirizados da empresa Nova Local Rio, que presta serviço de limpeza e segurança (recepção), estão sem pagamento há três meses. Para conseguir os acertos, o espaço foi fechado para visitação espontânea, sendo mantida somente a agenda de grupos escolares e exposições que já estavam agendadas.
Além dos salários, os benefícios como cartão alimentação e passagem também estão em atraso desde janeiro. Segundo informações dos funcionários são cinco pessoas da área da limpeza e quatro seguranças (recepcionistas) que estão sem os salários dos últimos três meses. Atualmente outra empresa terceirizada está à frente dos funcionários, a THL, e por enquanto os benefícios já foram acertados. Vamos aguardar o pagamento desse mês, mas não podemos esquecer os três meses atrasados, comentou um funcionário.
Um papel com um informe foi fixado no portão da instituição com a seguinte mensagem: Informamos que temporariamente não estamos abrindo para público espontâneo. Atenderemos apenas a grupos agendados. Agradecemos a compreensão. O documento foi emitido com enunciado de várias entidades como Secretaria de Estado do Rio de Janeiro (SEC), Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do RJ (Funarj) e Museu de História e Artes do RJ. O Museu do Ingá sempre funcionou para visitas espontâneas de terça-feira a sexta-feira, de 12h às 17h, e sábado, domingo e feriados, de 13h às 17h.
A empresa Nova Local Rio também foi procurada, através do formulário do site e por contatos telefônicos, e uma funcionária informou que a Funarj, vinculada à Secretaria, está desde outubro sem realizar os repasses. O caso está na justiça. Questionada sobre a veracidade das dívidas e de prazos para acertos e reabertura, a SEC não se manifestou sobre o assunto.