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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu, nesta quinta-feira (25), 12 mandados de prisão e oito de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia que atua na Comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, em Jacarepaguá. O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou à Justiça 16 pessoas por associação criminosa, extorsão e corrupção ativa.
Entre os denunciados na operação Naufrágio estão um policial civil e dois policiais militares. Na denúncia, o GAECO aponta a estreita relação existente entre os integrantes do grupo criminoso e os policiais.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa e foram cumpridos em diversos endereços do Rio de Janeiro. Foi determinada a suspensão das funções públicas dos policiais militares e do policial civil. Também foram determinados o sequestro de bens e o bloqueio de valores das contas dos denunciados.
De acordo com o GAECO, o grupo criminoso mantinha envolvimento com PMs para que fornecessem informações privilegiadas. A relação com policiais civis servia para que não fossem “incomodados” na realização de suas atividades criminosas, mediante pagamento de valores indevidos, de forma periódica. Além disso, os agentes de segurança forneciam material bélico (desviados de apreensões) e até uniformes aos criminosos.
A partir dos dados levantados, verificou-se uma extensa rede criminosa, com diversos áudios determinando aos associados e subordinados cobranças de taxas, compra de material bélico, dentre outras atividades, incluindo pagamento de propina a policiais militares e civis.