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Estudantes da UFF encontram dependências bloqueadas nesta segunda (15)
Boa parte deles teve provas canceladas
Estudantes da UFF encontram dependências bloqueadas nesta segunda (15)
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 15 de abril de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Divulgação

Quem precisou utilizar as dependências da Universidade Federal Fluminense (UFF) na manhã desta segunda-feira (15),  deparou-se com alguns acessos bloqueados em alguns dos principais campus da instituição.

Desde a última quarta-feira (10), o Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) definiu a deflagração da greve nacional da categoria. Além dos docentes, os técnicos administrativos já estão em greve desde 11 de março.

Em relatos enviados para A TRIBUNA, estudantes de medicina afirmaram que alunos do curso e de outras disciplinas tentaram impedir a passagem de quem desejasse utilizar o prédio da Faculdade de Morfologia, localizada no Campus do Valonguinho, próximo do Plaza Shopping Niterói, no Centro.

Um estudante que optou por não se identificado, afirmou que tinha uma prova marcada para às 10h e não conseguiu fazer. “Trancaram a entrada do prédio de biomedicina com cadeado de bicicleta. Eu faria uma prova agora às 10h, e tão ocupando tudo”, relatou.

Após o recebimento da denúncia, a reportagem foi até o local e ouviu os alunos de medicina. Eles afirmaram que o espaço estava fechado e que algumas das provas previstas para hoje, que aconteceriam no local, foram transferidas para o Hospital Universitário Antônio Pedro, localizado na Rua Marquês do Paraná, no Centro.

Em nota, a UFF informou que algumas unidades acadêmicas tiveram acesso bloqueado nesta manhã por estudantes. 

“Atenta ao movimento em curso, a Gestão Universitária, por meio das Direções de Unidades, está em diálogo com os Diretórios Acadêmicos, sobretudo no que tange ao direito de ir e vir da comunidade acadêmica nos locais afetados e ainda a continuidade das aulas, em cumprimento às atividades do calendário letivo. A Administração Central da universidade reconhece a importância do movimento estudantil na conquista histórica e fundamental dos direitos dos estudantes, mas reforça que é sumariamente contrária a atos que impeçam a livre circulação e atividades de docentes e alunos ou que comprometam a segurança dos servidores, terceirizados e todos os demais envolvidos, bem como danos ao patrimônio”, disse a instituição.

Greve dos universitários

De acordo com o ANDES, as reivindicações são a reestruturação das carreiras dos e das docentes e das técnicas e técnicos administrativos; recomposição salarial e pela data base; restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino; ampliação dos programas de assistência estudantil; revogação do novo ensino médio; melhoria das condições de trabalho; fim de assédios moral e sexual nas IFE; criação de condições efetivas que garantam a unificação entre ensino, pesquisa e extensão; revogação da Portaria MEC 983/2020; recomposição da força de trabalho por meio de concurso público; contra a PEC 32/2020 e qualquer outra contrarreforma administrativa que siga suas diretrizes; autonomia e democracia universitária; pelo fim da contribuição previdenciária de aposentados/as e pensionistas.

Ainda de acordo com o ANDES, a MSNP/MEC foi instituída em portaria publicada em 26 de dezembro de 2023. No entanto, apesar de diversas solicitações das entidades sindicais da Educação, desde julho do ano passado, até o momento não houve nenhuma reunião.

Em assembleia realizada nessa terça-feira (9), o corpo docente da UFF decidiu não participar da paralisação. Os funcionários administrativos, no entanto, estão em greve desde 11 de março.

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