Aline Balbino
Pelo segundo dia consecutivo a Alameda São Boaventura, no Fonseca, foi fechada - nesta terça-feira (06) por manifestantes. Cerca de 50 pessoas interromperam o tráfego na altura do Hospital Infantil Getulinho. O trânsito ficou bastante comprometido e o engarrafamento chegou ao bairro do Caramujo. O ato foi realizado por funcionários da limpeza do Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). Eles reivindicaram o pagamento imediato de dois salários atrasados e do 13º salário.
Segundo Francis Távora, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Sintacluns), os funcionários não recebem tíquete alimentação e ainda são proibidos de almoçar na unidade hospitalar. Segundo eles, não há previsão de pagamento, tanto para o salário mensal quanto para o 13º. Apenas 30% da categoria manteve o trabalho no Hospital Azevedo Lima.
Estamos há dois meses sem pagamentos e estamos proibidos de almoçar a comida do Azevedo Lima. E não dão tíquete para ninguém. O Estado diz que fez o repasse e a OS diz que não recebeu. Fica esse jogo de empurra, disse.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que vem realizando repasses mensais para a Organização Social que administra o Hospital Estadual Azevedo Lima, totalizando R$ 128.668.378,90 em 2016. A Secretaria esclareceu que os pagamentos são atribuição da Organização Social.
Servidores protestam no Centro
Tylane Renor
Uma confusão entre guardas municipais e profissionais da educação municipal de Niterói ocorreu na manhã de ontem, em frente à sede da Prefeitura de Niterói, no Centro. Reivindicando o fim das licenças-prêmio, o congelamento oficial dos reajustes salariais e a redução dos salários, cerca de 100 integrantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) tentaram entrar na Prefeitura, mas foram impedidos pelos guardas municipais, que chegaram a usar gás de pimenta para afastá-los. Uma das portas de vidro da sede da Prefeitura foi quebrada.
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Guardas usaram spray de pimenta para impedir a entrada de manifestantes na Prefeitura.[/caption]
A caminhada seguiu da Câmara dos Vereadores até a Prefeitura, onde o empurra-empurra teve início. Uma das vias da Rua Visconde de Sepetiba chegou a ser ocupada pelo protesto, seguindo em meia pista. O trânsito foi orientado por guardas municipais. Agentes da Polícia Militar foram chamados para o local, não houve confronto.
Após não serem recebidos pelo prefeito Rodrigo Neves, agentes distribuíram panfletos sobre os cortes que estão para ser votados na Câmara, ainda sem data definida. Uma comissão chegou a ser criada para um encontro com o prefeito, mas foram informados que o mesmo não estaria e dispersaram do local.
Segundo a Prefeitura de Niterói, durante a tarde, servidores da educação e presentantes do sindicato foram recebidos na Fundação Municipal de Educação.