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Mais de 70 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde no Estado
Mais de 70 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde no Estado
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 27 de fevereiro de 2018FacebookTwitterInstagram
Raquel Morais - O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) divulgou o crescimento do número dos beneficiários de planos de saúde em todo o país: 0,1%. Porém o Rio de Janeiro foi o estado que apresentou maior queda dos contratos, estimada em 1,3% de janeiro de 2017 até janeiro de 2018, com perda de 70.921 beneficiários. Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) reforçou esse cenário, já que 70% dos brasileiros entrevistados afirmaram não ter plano de saúde particular. Segundo a CNDL, quando as pessoas precisam de atendimento, 45% alegam utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante (25%) arca com dinheiro do próprio bolso para pagar pelos serviços necessários. O atendimento público ficou abaixo da média nos seguintes aspectos: disponibilidade de medicamentos gratuitos, presença de médicos especialistas, estrutura física de atendimento dos hospitais e postos de saúde, rapidez no atendimento de urgência/emergência, facilidade para agendar consultas, tempo de agendamento de consultas e tempo de agendamento de cirurgias e exames. A dona de casa Carmem Lúcia Marinho, de 56 anos, não tem plano de saúde e explicou que opta por pagar suas consultas e exames de forma particular. “Eu não posso ir em um consultório em que a consulta custa R$ 200, mas também não tenho necessidade de chegar na fila de espera de um hospital público de madrugada. Acho vantajoso usar as clínicas populares, são preços acessíveis e justos, e no final do mês fica mais barato do que a mensalidade de um plano”, comentou. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explicou que 48% dos beneficiários abrem mão de algo em seus orçamentos para pagarem o serviço de saúde particular. “Os dados mostram que o plano de saúde é considerado uma prioridade para grande parte de seus usuários. É um serviço de primeira necessidade, relacionado aos cuidados de um bem maior, que é a vida. É tanto que a taxa de inadimplência declarada é baixíssima”, afirmou. O corretor Getúlio Oliveira trabalha com vendas no Centro de Niterói e disse que, apesar de tímido, o setor tem apresentado aumento. “Passamos de 2016 para 2017 com leve recuperação e agora iniciamos 2018 com uma boa possibilidade de sucesso. As pessoas estão optando pelos planos mais baratos e de preferência com algum vínculo empresarial”, pontuou.

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