Wellington Serrano
Em audiência Pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos, a Câmara Municipal de São Gonçalo discutiu a situação do Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PRPTC) da cidade, mais conhecido como IML de Tribobó. O encontro, marcado pelo vereador e presidente da Comissão, Vinícius (PRB), apresentou os principais problemas de infraestrutura da unidade que realiza cerca de 8 mil exames por ano, além 150 necrópsias por mês.
Procurada, a Prefeitura de São Gonçalo informou que já solicitou ajuda dos municípios próximos, que utilizam o Instituto de Medicina Legal (IML) de Tribobó. Para São Gonçalo, foi solicitado a contribuição de manutenção predial e disponibilização de segurança, porém, ainda haverá uma próxima reunião para discutir a decisão que será tomada em conjunto, afirmou em texto.
Depois de debates acirrados uma reunião ficou de ser marcada com o secretário Municipal de Saúde, Dimas Gadelha, ainda nesta semana pela comissão especial que foi formada e contará, além dos vereadores, com a presença do diretor do IML, Márcio Costa. O objetivo é estender a discussão até o prefeito José Luiz Nanci, a fim de buscar uma possível municipalização do SVO (Serviço de Verificação de Óbito) da unidade.
De acordo com Vinicíus, os problemas enfrentados pelos peritos, policiais e funcionários administrativos prejudicam os serviços oferecidos pelo IML, que é administrado pelo Governo do Estado e corre o risco de paralisar o atendimento em breve. Ele também afirma que, caso a unidade realmente feche suas portas, a população terá de se deslocar até a unidade de Campo Grande, na capital fluminense, uma vez que a de Niterói não teria capacidade para absorver tal demanda.
O IML está com falta de insumos, com deficiência na coleta de lixo extraordinário, material de limpeza, problemas na câmara de climatização de ambientes de guarda e conservação de cadáveres e muitos mais, explicou o parlamentar.