As Forças Armadas começarão a agir nos próximos dias no Estado, esta é a afirmação do ministro da Defesa, Raul Jungmann. Diferente de outras intervenções, desta vez os militares não irão ocupar nem realizar patrulhamento ostensivo. Segundo o ministro serão ações baseadas nas informações de inteligência em conjunto com as forças estaduais para golpear o crime organizado. Na última terça-feira, Jungmann afirmou que só aguarda o decreto do Presidente Michel Temer para agir.
Segundo o ministro, ações em todo o Rio de Janeiro serão mantidas até dezembro de 2018, quando encerra o governo Temer. A operação, diferente de outras intervenções das Forças Armadas, quando os militares atuaram ostensivamente, desta vez as ações serão "cirúrgicas". A ideia, segundo Jungmann é golpear a liderança do crime organizado, atacar os arsenais das facções barrar a entrada de armas e drogas no Estado.
Apesar não explicar dar detalhes sobre a ação (pois Jungmann afirma que precisa-se utilizar o "elemento surpresa" para golpear a criminalidade), o Ministério esclareceu que serão sequências de ações integradas entre as polícias Militar e Civil, a Força Nacional de Segurança, Exército, Marinha, Aeronáutica, além da Polícia Federal. O Comando Militar do Leste ficará à frente dessas ações. A sua assessoria informou que Niterói e São Gonçalo estão incluídas nestas ações que serão montadas nos próximos dias e que as cidades receberão homens que trabalharão de forma inteligente para sufocar as manchas de criminalidade nos municípios.
O apoio das Forças Armadas vem depois de um mal estar criado pelo Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, quando anunciou na semana passada - o envio de 800 homens do efetivo federal, como se fosse uma novidade, sem saber que eles já se encontravam no Estado.
Ainda faltam chegar ao Estado 140 policiais rodoviários federais, o que deve acontecer esta semana. Este reforço atuará principalmente no roubo de cargas na BR-101 e nas rodovias Washington Luís e Presidente Dutra. Já os homens da Força Nacional estão participando do cerco aos complexos do Chapadão, da Pedreira, do Lins, na capital do Estado e de apoio ao 7º BPM (São Gonçalo), principalmente na área do Complexo do Salgueiro, considerada uma das mais críticas na cidade.