Raquel Morais -
Centros de captação de sangue de Niterói recebem 50% do número necessário de doadores de sangue e plaquetas. A proximidade das festas de fim de ano reforça a importância da frequência na doação. O período, segundo especialistas, é mais propício para acidentes de trânsito.
A enfermeira do banco de sangue do Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap), no Centro de Niterói, Márcia Veríssimo, disse que no local são atendidos, em média, 12 doadores por dia. O número é muito abaixo do que precisamos. O ideal seriam 25 doações por dia e, por não conseguirmos atingir essa meta, não temos condições de atender toda a demanda necessária, explicou.
Na Clínica de Hemoterapia de Niterói, também no Centro, o supervisor de captação Joaquim Gonçalo disse que recebe em média 60 doadores por dia, enquanto o necessário seria o dobro. Temos que atender muitos municípios e hospitais públicos e particulares. O importante é que a população entenda que é fundamental uma constância na doação. O sangue e as plaquetas têm validade e por isso temos que ter voluntários para doação todos os dias, reforçou.
O operador de máquinas Ivan Afonso dos Santos, de 54 anos, disse que doa as plaquetas de quatro a cinco vezes por ano. Eu fico feliz em saber que meu sangue pode ajudar alguém. É um ato de amor que pode ser feito por muitas pessoas. Nosso corpo é capaz disso e tem gente que precisa de um gesto desse, comentou. A técnica em hemoterapia, Shirley Ribeiro, 38 anos, reforçou que a doação dói apenas a furada da agulha. Para doar sangue leva em torno de dez minutos e para doar as planquetas é cerca de 50 minutos. Esses minutinhos podem realmente salvar vidas, sintetizou.