O Botafogo tem sofrido ao levar gols no fim dos jogos no Campeonato Brasileiro. Foi assim no duelo passado, quando sofreu dois gols nos acréscimos do segundo tempo e acabou derrotado por 3 a 2 pelo Vitória. Mas um dia da caça, outro do caçador. Na noite de quarta-feiar (11), na abertura da 27ª rodada, o Glorioso derrotou a Chapecoense, de virada, por 2 a 1 no Estádio Nilton Santos, no Rio, justamente com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, anotado por Vinícius Tanque. Antes, Apodi tinha aberto o marcador e Brenner igualado o placar. Todos os gols foram na segunda etapa.
Com o resultado o Botafogo chegou aos 43 pontos e manteve a sexta posição, se consolidando no G6, a zona de classificação para a Copa Libertadores. Já a Chapecoense, com 32 pontos, segue cada vez mais ameaçada pelo fantasma da Segunda Divisão.
Quando Alan Rushel cobrou uma falta para a área e Túlio de Melo desviou para a defesa de Gatito Fernández com apenas dois minutos de jogo, ficou a expectativa de que seria um primeiro tempo eletrizante. Mas não foi isso que aconteceu. A falta de eficiência ofensiva dos times, aliada a uma predileção pela postura defensiva dos catarinenses, com um toque de falta de espaços era a receita perfeita para a monotonia.
Dono da casa e, portanto, com maior responsabilidade de buscar o triunfo, o Botafogo, por exemplo, só foi assustar aos 19 minutos. Após cobrança de falta de João Paulo, o goleiro Jandrei soltou a bola, que sobrou para Igor Rabello mandá-la sobre o gol.
A decisão de priorizar a defesa era tão visível por parte da Chapecoense que até mesmo Wellington Paulista, que teria que atacar, estava mais preocupado em cobrir os avanços de Arnaldo na lateral direita.
Com três volantes de ofício, o Botafogo mais uma vez deixava claro que prefere os jogos em que a missão de propor não é sua. Mesmo assim assustou aos 39 minutos, quando Guilherme se livrou de dois e arriscou sobre o gol. No último lance de perigo da primeira etapa foi a vez de Guilherme cruzar e Brenner cabecear para fora.