O corpo da cantora Loalwa Braz Vieira foi encontrado dentro de um carro incendiado, em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, na manhã de ontem. A informação foi confirmada pelo comando da Polícia Militar e pela assessoria de imprensa da Polícia Civil por telefone. O carro foi encontrado na Estrada da Barreira, no distrito de Bacaxá e a 124ª Delegacia de Polícia investiga o caso.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, Leonardo Couri, a equipe foi acionada por volta de 03h40m da madrugada de ontem para combater um incêndio em uma residência. A casa seria da cantora. O fogo teria consumido o sótão. Segundo o comandante, enquanto a equipe trabalhava no imóvel, um novo chamado foi feito. Até o fim da manhã de ontem, a corpo ainda não havia chegado ao Instituto Médico Legal de Araruama.
Segundo informações preliminares do comando da PM, dois homens foram vistos na casa da cantora, que fica próximo ao local onde o carro foi localizado. Ainda não há informações sobre a ligação entre a possível invasão e o crime. Loalwa Braz ficou conhecida como a voz da lambada, ritmo que se consagrou nos anos 80. Vocalista do grupo Kaoma chegou ao aos primeiros lugares das paradas musicais com a música "Chorando se foi", que foi levada a 116 países ao longo de duas décadas.
De acordo com informes, em janeiro de 2014, a vocalista da banda Kaoma procurou a 124ª DP (Saquarema) para denunciar que um funcionário que havia sido demitido de sua pousada saiu gritando: Você vai morrer. Loalwa também relatou aos agentes, de acordo com o registro de ocorrência, que o acusado diz ser policial civil, já matou muito, que o pai dele é delegado da Polícia Civil e que o irmão dele é miliciano no Rio. Loalwa morava na pousada.
Na ocasião, a cantora afirma ter interpelado o funcionário quanto a furtos de um aparelho de ar-condicionado e de comida ocorridos na pousada. Essa teria sido a razão da demissão. Quatro meses depois, a cantora procurou novamente a polícia para denunciar outro ex-funcionário. Desta vez, ela afirmou aos agentes que o homem cobrava dinheiro de Loalwa para ser testemunha dela num processo trabalhista. No registro de ocorrência, ela afirma que o ex-funcionário a estava perseguindo de motocicleta e que ele teria dito a ela: tenho um trunfo em mãos, pois conheço a pousada muito bem.