A história de Luiz Carlos Nunes da Silva, ou simplesmente Carlinhos, se confunde com a do próprio Flamengo. Conhecido como Violino, ele escreveu em quatro décadas um dos capítulos mais belos do clube da Gávea: dentro de campo, um exímio jogador; fora das quatro linhas, o treinador campeão que todos conhecem. Dois anos após a sua morte, aos 78 anos, ele acaba de ganhar uma biografia inédita. Os historiadores Renato Zanata e Bruno Lucena passam a limpo a trajetória do atleta em Carlinhos Violino: um maestro do meio campo rubro-negro, que terá noite de autógrafos nesta terça-feira (24), às 19h, no Canto do Rio Foot-Ball Club, em Niterói. O livro conta com o patrocínio da empresa Zetra.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1937, Carlinhos ganhou apelido de violino, no final dos anos 50, quando ainda estreava no aspirantes do Flamengo codinome em referência ao estilo e toque de bola refinados. Seu primeiro gol como profissional foi em 9 de outubro de 1959, o único da vitória contra o Olaria, pelo Campeonato Carioca. Um tiro violento e certeiro, registra o livro.
Desde então, foram mais 517 partidas vestindo a camisa rubro-negra como jogador: histórias e curiosidades que o livro Carlinhos Violino trata em detalhes. Zico, o maior ídolo do Flamengo e que recebeu as chuteiras de Carlinhos quando ele parou de jogar, em 1970, assina o prefácio da publicação.
Embora ele seja conhecido como treinador, uma espécie de bombeiro, ganhador de vários títulos, mostramos neste livro o Carlinhos jogador, um líder que brilhou no Flamengo numa época em que dividia o campo com craques como Gérson, Pelé, Garrincha e Tostão. Carlinhos é, sem dúvida, um dos maiores que passaram pela Gávea, destaca Zanata.
Em 157 páginas (Editora iVentura), Carlinhos Violino: um maestro do meio campo rubro-negro mergulha fundo na carreira do jogador: a passagem pela seleção brasileira, em 64, os grandes jogadores da época, as grandes partidas, as taças que levantou e enumera os 23 gols como profissional até a sua despedida, no dia 16 de junho de 1970.
Carlinhos sucedeu a Dequinha como Tom Jobim sucedeu a Ary Barroso e como João Gilberto sucedeu a Lucio Alves, define o jornalista Ruy Castro, que assina a contracapa.