Raquel Morais
Uma pesquisa realizada pela NZN Intelligence apontou que 90,47% dos brasileiros consideram a camisinha masculina como o principal método preventivo, a pílula anticoncepcional ficou em segundo lugar com 85,77%, seguida da pílula do dia seguinte com 75,30%. Também foi divulgado que 63% dos entrevistados escolhe o método de prevenção por opinião própria, apenas 43% procuram médicos e 23% confessam que aprendem na escola.
Apesar do preservativo ser o método contraceptivo preferido pelas pessoas em idade sexual ativa, o que na verdade ocorre é que mais de 70% dos jovens não usam nenhum método de contracepção. Isso impacta diretamente sobre uma grave questão que são as doenças sexualmente transmissíveis. Os casos de sifilis, por exemplo, aumentaram mais de 30% no Brasil nos últimos anos, ressaltou a
Dra. Flávia do Vale, coordenadora de obstetrícia do Hospital Icaraí, no Centro.
Segundo nota a pesquisa verificou também que a população pesquisada escolhe seu método levando em consideração sua própria opinião (63%), a indicação médica (43%) e as explicações na escola (23%). Para a análise dos resultados sobre popularidade e utilização dos métodos anticoncepcionais e de prevenção a DSTs, foram contempladas as faixas etárias mais relevantes estatisticamente (13 a 17 anos, 18 a 24 anos e 25 a 34 anos), que representam 96,1% das respostas, descartando-se aquelas provenientes de pessoas nas outras faixas (até 13 anos, 35 a 44, 45 a 54 e mais de 55 anos).
A doutora Flávia ressaltou ainda que é importante entender a diferença dos métodos preventivos. A pílula anticoncepcional é um método com eficácia maior que 99% na prevenção da gravidez. E apesar de ser um dos métodos contraceptivos mais usados, não previne contra nenhuma doença sexualmente transmissível, completou.
A Prefeitura de Niterói foi questionada sobre números de tratamentos e diagnósticos de DSTS no município, mas até o fechamento dessa edição não se manifestou.